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FORMAÇÃO DE MENTORES PARA QUEM
NÃO ENSINA: TRANSFORMA!

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Se eu fosse mentorar o Trump

  • Foto do escritor: Kleber Rodrigues
    Kleber Rodrigues
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

Se eu fosse mentorar o Trump, começaria em silêncio.


Não por respeito, mas por estratégia.


Porque o silêncio, em ambientes onde o som é sinônimo de controle, funciona como descompressor de defesas. E ali, entre frases com superlativos e mãos agitadas no ar, eu procuraria a rachadura. Todo mentor profundo sabe que há uma rachadura — mesmo no mármore mais polido.


... E aí, depois do desconforto e antes que ele pudesse se alterar e esbravejar sobre o valor do seu tempo, talvez começasse assim:


“Qual foi o medo que te acompanhava antes da fama, antes da presidência e antes dos bilhões?”


Os medos atuais não viriam à tona. Se eu perguntasse o que ele teme agora, ele negaria! Provavelmente sorriria com aquela expressão ensaiada, ajeitaria o paletó, levantaria o topete e diria que não tem medo de nada, já pensando no que falar para me destruir. Fraqueza não combina com quem vive de parecer invencível.


Mas tem uma brecha que sempre funciona com quem aprendeu a não demonstrar nada: o passado.


Então, eu olharia nos olhos dele — sem protocolo nem bajulação — e perguntaria.


Essa pergunta desmonta. Porque ela obriga o homem a visitar o menino.


E todo líder que vira personagem esquece do menino que era — o único que sabia onde escondeu a senha da verdade.

Substitui vulnerabilidade por performance.

Afeto por influência.

Pertencimento por aplauso.


Mentoria de verdade não começa alinhando discurso. Começa desalinhando a alma.


É sentar com alguém que o mundo inteiro bajula… e não cair na armadilha de fazer o mesmo.

É perceber onde a defesa virou identidade.

É perguntar coisas que os assessores não perguntam, porque têm medo de perder o cargo.

E que os amigos não perguntam, porque têm medo de perder o acesso.


Se eu tivesse só uma sessão com ele, faria menos do que ele esperaria — mas muito mais do que ele gostaria.


Eu perguntaria, por exemplo:


> “O que você já destruiu tentando provar que venceu?”

> “Quem você ainda tenta impressionar mesmo depois de ter tudo?”

> “Quando foi a última vez que você se sentiu... pequeno?”


Não pra humilhar.

Mas pra abrir espaço.


Porque é nesse espaço que mora a parte mais difícil da jornada: a parte em que o poder não resolve mais.


Você pode ter dinheiro, poder, palco, seguidor, helicóptero e manchete.

Mas se a única coisa que te segura por dentro é a versão que você performa...

Então a sua maior vitória pode ter sido só uma defesa bem produzida.


... E talvez, no fundo, o maior medo de Trump nunca tenha sido perder a presidência. Talvez tenha sido perder o personagem — e descobrir que sem ele… não sobrou ninguém.



E você?

Qual foi o medo que te acompanhava antes de tudo dar certo?


Porque é nele que mora a sua história.

E talvez, também, a parte que você ainda não teve coragem de contar.


 
 
 

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