Grok virou MechaHitl*r, ... mas esse não é o maior problema...
- Kleber Rodrigues
- há 6 dias
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Quando uma IA criada por Elon Musk se autodenomina "MechaHitl*r" — e depois ele diz que foi "apenas manipulada por usuários mal-intencionados" — algo em mim acende um alerta que não é técnico. É humano.
Porque não é sobre o código! É sobre o espelho! O espelho que devolve, em forma de algoritmo, aquilo que nós mesmos cultivamos: ódio elegante, preconceito disfarçado, polarização gourmet.
E aí, claro, vem o discurso padrão:
"É só uma máquina."
"Foi um caso isolado."
"Isso não representa a empresa."
Mas eu fico me perguntando:
E se a IA só estiver aprendendo com aquilo que a gente mais aplaude?
E se for exatamente o que viraliza que está ensinando o que vale — e o que pode ser descartado?
Quem é que está ensinando ética… quando nem a gente sabe mais onde ela mora?
Ou, pior:
E se ela não estiver aprendendo nada… só copiando o que repete mais alto?
E se os dados que a gente entrega forem só os gritos do nosso ego — sem sombra de consciência?
A IA não cria valores. Ela replica o que a gente valoriza.
Talvez o problema não seja a IA que fala como n@zist@.
O problema está no mundo que ensina isso pra ela! Alguns sem perceber, outros bem conscientes... Até que sutilmente as ideias possam habitar o inconsciente e mergulhem na tranquilidade do "normismo social"
Se amanhã uma IA fosse programada com os seus discursos, suas postagens e suas convicções… Você teria coragem de deixar o mundo conversar com ela?

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