Mentoria de Carne e Osso: o avesso do palco, o centro do peito"
- Kleber Rodrigues
- 3 de jun.
- 1 min de leitura

Tem algo de podre no reino da mentoria.
E não é só o cheiro de slide envernizado, frase pronta e sorriso branco-padrão. É o vazio. Oco mesmo. Como quem decora um mantra de LinkedIn mas nunca olhou no espelho depois de falhar de verdade.
A mentoria virou vitrine. E mentor, personagem. Um catálogo de fórmulas mágicas, arquétipos reciclados e promessas com estética de TED Talk. Só que sem sangue. Sem suor. Sem a confusão necessária que antecede qualquer transformação real.
Mentoria de verdade não vende atalho. Convida pra travessia.
Ela não te entrega uma bússola nova. Ela pergunta: você já reparou por que sempre se perde no mesmo ponto do mapa?
Mentoria de verdade não te trata como lead. Te trata como ser humano — desses que sangram, que sabotam, que sonham alto e afundam fundo.
Na Blizzer, a gente não acredita em mentoria de palco. A gente acredita em chão. Em olho no olho. Em silêncios desconfortáveis seguidos de perguntas que ardem. Aquelas que ninguém faz. Aquelas que você passou a vida evitando.
E, sim, tem método. Tem estrutura. Mas o coração pulsa fora do PowerPoint. Pulsa onde mora o conflito.
Porque só quem encara seus próprios labirintos é capaz de guiar outros com dignidade.
Quer saber se está diante de um mentor de carne e osso ou de um holograma? Preste atenção na primeira pergunta que ele te faz. Se for "qual o seu objetivo?", fuja. Se for "onde dói?", talvez seja o começo.
Vamos?
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